segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Rabiscos pra iniciar a semana
Três acordes num tom maior. Faço um MI no meu braço direito só com as posições dos dedos. Alguém quer saber o resultado do jogo. 0 X 0 Despisto lendo algo sobre Zoot Sims. Depois vou escutar o som dele. Folheio uma pequena agenda. Cheia de anotações. Algumas, sei do que se trata, outras: não faço a mínima ideia. Acabou o mês. No fone de ouvido toca algo preguiçoso e agradável. Ainda dá pra aproveitar esse resto de Janeiro. Ontem andei descalço. Já tinha me esquecido de ficar assim. Caminhei durante um tempo. Foi bom. Deu para esticar os dedos. De vez em quando é bom deixar o tênis, e o chinelo de lado. Numa rádio que toca música instrumental, os apresentadores insistiram no forró. Luís Gonzaga. Dominguinhos. & Outros. Tava bacana, mas pensei: pô, ainda nem chegou o carnaval, e os caras já estão na festa de São João. Isso que é vontade de acelerar o ano. Calma moçada... Pra que tanta correria? Os feriados vão ser generosos com a gente. Não podemos gastar tudo de uma vez só, ora. Deixa isso pra quem já está de cabeça quente. O ano mal começou e você acredita que já estão enchendo o saco? É verdade. Infelizmente já tem gente que está insuportável. Não podemos nem acompanhar uma partida de futebol com tranquilidade. Antes o papo fosse sobre futebol. Dava até pra entender. Fico imaginando quando chegar dezembro. Não quero nem estar perto. Quanto foi o jogo mesmo? Zero a zero. Tá bom. Pelo ao menos não perdeu.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
E que comece os trabalhos
(Rodrigo Ferreira)
Não vi poesia no poeta
Ele é apenas um bom vendedor
Não um poeta
Quem declama acha alguma coisa
Não vi poesia no poeta
O bêbado daquela esquina
Com a sua garrafa de cachaça na mão
Tem muito mais maestria
Ele canta e berra
Sem propósito algum
Enquanto o poeta ao fim dos seus versos
Sempre nos lembra que por apenas R$ 10,00
Você pode adquirir o seu livro
Não vi poesia no poeta
O poeta é um bom vendedor
Somente isso...
As suas palavras são como frascos de remédio
Já o bêbado tem loucura nos olhos
As suas palavras surgem de algum lugar
Que nem ele mesmo sabe d'aonde vem
Mas quando ganham o mundo
Não há dinheiro que irá fazê-lo recuar
O bêbado usa o palco da rua sem se comover
Com a carteira de trabalho
Ou PIS/PASEP
Não vi poesia no poeta
Ele daria um ótimo vendedor das Casas BahiaO seu livro serviria de grande ajuda aos corretores de imóveis
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Rita Lee
A ovelha negra agora vai levar uma vida sossegada. Resolveu dar um tempo dos palcos. Mas vai continuar compondo. Esse tal de Roque Enrow não pode parar.
Coisas da Vida
(Rita lee / Roberto de Carvalho)
Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
É o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida
No fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte
Uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral?
Qual vai ser o final
Dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer
Por isso eu digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho
Coisas da Vida
(Rita lee / Roberto de Carvalho)
Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
É o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida
No fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte
Uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral?
Qual vai ser o final
Dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer
Por isso eu digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho
Domingo de sol nº 2
Depois da resposta, ela insistiu mais um pouco.
- E a paixão, já sentiu uma paixão de verdade?
Ele desencostou do balcão, e após dois segundos.
- Isso é alguma entrevista?- Te incomodo?
- Melhor que paixão ou amor: é uma foda bem dada. Se a pessoa conseguir se entender na cama é bem capaz dela amar apaixonadamente.
- Caramba! Não precisava apelar.
- Foi mal... Não quis ser apelativo.
Em seguida ela olhou pra ele com o mesmo sorrisinho cínico de antes. Só que agora o papo parecia bem melhor. O garçom foi buscar a saideira.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Domingo de sol
Depois da raiva, ela perguntou com um sorrisinho cínico na cara:
- Você nunca sentiu amor?
Ele se apoiou no balcão, olhou a redor, e após beber a cerveja.
- Já! Mas passou...
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Banda Nova pra 2012
Sabe quando você descobre uma música nova, ou um artista novo. Aquele som que você já se torna apreciador logo de cara. Essa semana isso aconteceu comigo. Estava lendo o blog do Jotabê Medeiros que está no link aí do lado, e encontrei uma banda chamada – Alabama Shakes. Quando coloquei pra rodar comecei a rir do nada. O som é tão bom que fiquei abobado. Aí não parei mais de escutar. E a partir daí resolvi não contar pra ninguém. Passei esta semana bem egoísta. Mas como hoje estou benevolente resolvi compartilhar com vocês. Vou postar três canções que reinaram no meu set list dessa semana. A banda ainda não lançou o seu primeiro disco e o que tá na internet é só um aperitivo, uma dosezinha do que virá pela frente. O lançamento está previsto para abril. Até lá vou curtindo aos poucos. O som combina muito bem com esse clima nublado.
PS.: (Não vou colocar a música que está no blog dele por que você vai ter ir lá pra escutar, e de quebra conhecer também).
.......................
Hold On: PLAY
I Found You: PLAY
Boys and Girls: PLAY
........................
Oh! Gordinha porreta!
PS.: (Não vou colocar a música que está no blog dele por que você vai ter ir lá pra escutar, e de quebra conhecer também).
.......................
Hold On: PLAY
I Found You: PLAY
Boys and Girls: PLAY
........................
Oh! Gordinha porreta!
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O Sapo! Santo Dio
Tenho certeza que daqui uns dias muita gente vai colocar em prática o ensinamento do comandante da capitania dos portos lá na Itália. De Falco ao saber que o capitão Schettino havia abandonado o transatlântico naufragado, ordenou que ele voltasse e assumisse aquela situação complicada. Na verdade foi um grande sapo. E o porra do capitão mereceu com toda razão tomar essa bronca. Decerto ao passar a mão na bundinha da garota se distraiu e BUM! Já era amoré mio... Berlusconi! O que vou fazer? Agora anota aí mais um item pra se fazer um herói: primeiro é necessário aprender a pagar um sapo à altura, dar ordens com todo vigor, e depois publicá-lo em grande massa. Em seguida levar ao forno, e aguardar por algumas horas. Já imagino como vai ficar os gerentes de banco, técnicos de futebol, donos de pizzaria, donos de bares, pais e mães de família, professores, políticos, proctologistas. Vai ter sapo pra todo mundo. "Volta a estudar, seu merda!" "Cadê o recibo da conta!" O problema com essa nova modalidade de herói, ou esse novo status que a palavra ganhou agora, é que cada um vai agir da forma que bem entender. Imagina só: quantos sapos em vão, quantos sapos por nada, sapo pra virar herói, sapo pra ser reconhecido. Sapo por sapo por que precisamos tanto de um herói? Pra mim o comandante fez o mínimo que ele poderia ter feito, ora. A cagada já estava tão grande que isso não foi nada. Esse lance de herói é a maneira mais fácil que nós encontramos pra driblarmos o que não tem mais solução. É um escape rápido. Algo que nos conforte depois da tragédia consumada. Aí! Fica esperto! É bem capaz do seu chefe se tornar o novo herói da praça à custa de você. Faça o seu trabalho direito pra não dar essa bobeira. Agora volte pro trabalho, porra! Suba a Bordo! Cazzo!
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Como discutir a relação numa fila de banheiro
- The who ou the trashmen?
- Beatles.
- Então tá, Beatles ou Stones?
- The doors.
- Pô! Lou Reed ou Joe Cocker?
- Billy Preston.
- Tá de brincadeira com a minha cara?
- Tô não. Jamais.
- Joy Division ou New Order?
- Happy Mondays.
- Hambúrguer ou pizza?
- Cachorro quente.
- Hambúrguer ou pizza?
- Cachorro quente.
- Jimi Hendrix ou Jimmy Page?
- Milton Banana Trio.
- Ah! Vai te lascar. Você gosta de ser do contra, né. Nunca fala sério. Acabou...
- Então eu te pergunto: Roberto Carlos ou Erasmo Carlos (o Tremendão)?
- Ah! Não sei... É difícil escolher. Hum! Acho que vou escolher o Rober...
- Pensou demais, já era. Sex Pistols ou Ramones?
- Não conheço muito bem o Sex pistols. Fico com o Ramones.
- Mas se você não conhece o Sex pistols como sabe que o Ramones é o melhor?
- Ah! Vai te lascar. Você é do contra toda hora e agora quer me encher o saco.
- Então vê se deseronla e vamos logo cair fora daqui. Tá bom?!
- Calma, calma. Já tô indo.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Baterista do cão
Esses moleques mandam muito bem. O som da banda é de primeira. O baterista tem todas as qualidades pra entrar no hall dos melhores do rock and roll. E essa música que eles fizeram no ano passado ficou bonita pra caramba. Ultimamente tenho curtido bastante. Clica aqui pra você também dar uma sacada na canção. Gravada ao vivo. Os moleques estão colados. Let's rock!
'Pra respirar abro a janela'
Por: Cárcamo - Out/2009 |
Balada do Esplanada
(Oswald Andrade)
Ontem à noite
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.
É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.
Eu queria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel
No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
É o hotel
Do menestrel
Pra me inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel
Mas não há, poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Splanada
Ou Grand-Hotel
Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.
É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.
Eu queria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel
No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
É o hotel
Do menestrel
Pra me inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel
Mas não há, poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Splanada
Ou Grand-Hotel
Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
E aí Pet... Já está tudo nos conformes?
E por falar em Flamengo -, ontem enquanto devorava uma macarronada com um vinho tinto seco ao som do bom e velho jazz, a tv estava ligada no jornal da Band. De repente o Ricardo Boechat fez uma reclamação, mais ou menos, assim: 'olha, sou flamenguista desde criancinha e se o time tem a maior torcida do Brasil e não consegue ajustar as suas contas, ou é roubalheira ou má gestão'. Concordo. O flamengo em questão de negócios é a cara Brasil, e como a nossa querida pátria, ele nunca consegue ajustar as suas contas, as suas dívidas estão aos montes, e os jogadores têm que reclamar mesmo. Só que esse mundo do futebol é um reino da fantasia. Os salários de rei, a mulherada na cola, a imprensa babando o ovo, os carrões importados, a sonegação de impostos, os penteados ridículos, as dancinhas dementes, e mais um monte de baboseira só contribui para que o torcedor se torne um grandíssimo idiota. E isso é inaceitável. Sou flamenguista também, mas acho que no futebol de hoje a grande maioria dos “craques” são mascarados. Não dou muito crédito, e também nem brigo por isso. Tudo se transformou nesse grande feirão dos mascarados. Bota dinheiro na conta, e daí se o cara beija a camisa e o torcedor aplaude, o serviço está completo. Vamos pra galera! A grande parte desses jogadores deveria é estar nessa besteira de Big Brother Brasil, sabia. Deveria estar lá com todos os cartolas e o Bial declamando poesias. Ia ser um show e tanto. A verdade é que o Flamengo deve estar bastante quebrado. O Boechat tem razão. O problema já é antigo e pelo visto não vai acabar tão cedo. E outra achei legal ele dizer em rede nacional que é flamenguista. Existe muito jornalista que fica em cima do muro por causa da pauta jornalística, ou melhor, da imparcialidade jornalística. Achei bacana a sua atitude, e ontem fiquei pensando um pouco nesse assunto enquanto lia alguns artigos sobre o Hunter Thompson. O jornal da Band prova mais uma vez que não é engessado como outros jornais que estamos acostumados a ver por aí. E enquanto ouvia o som surgiu uma foto do jazzista Chet Baker na tela, e não é que o cara se parece com o Petkovic. Será que são parentes? Será o que o Flamengo já quitou a sua dívida com o nosso Iugoslavo salvador? Vamos ter que beber cerveja dobrado pra aguentar essa pressão. Vão jogar bola, seus porras. E vê se melhora essa porcaria dessa administração, aí, Patrícia.
PET |
CHET |
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
O espirro pode te sacanear
Nos últimos dias de dezembro andei bastante cansado. Parecia agoniado. Andava sem sono, e quando me deitava custava a dormir. O sono era pesado. No outro dia parecia que tinha carregado um saco de cimento nas costas. Estava me arrastando feito lesma grudada na parede. Até que a garganta inflamou de vez. Tive um pouco de febre. A gripe veio me fazer companhia horas antes do réveillon. Mas por incrível que pareça consegui relaxar. Parece que enfim havia conseguido destravar alguma coisa dentro de mim. Mesmo com toda aquela sensação babaca que uma gripe pode nos trazer, percebi que estava mais relaxado, deitei na cama e consegui descansar e até dormir. O corpo deve saber a hora de nos dar um sossega leão. Deve saber a hora de nocautear a gente sem dó, nem piedade. Se você não consegue descansar de um jeito, ele arranja uma forma de te jogar na lona no primeiro round. E pelo visto não tem medo de usar os seus recursos mais baixos quando quer alguma coisa. Se preciso for, o nosso corpo, deixa a gente todo arrebentado. Te manda uma dor de cabeça, febre, tontura, depressão, falta de ânimo, e o que for preciso para voltar a funcionar nos conformes. Então é assim... É bom saber disso. Agora vou ficar esperto. Eu já deveria ter sacado quando a minha garganta deu uma falhada, o nariz ficou entupido, e ao invés de tentar resolver, preferi ficar na madrugada, no sereno cantando um blues, soletrando um rock safado, declamando um samba melancólico pra uma menina às 3:30 da madruga, e ainda assim nem dei bola. Quer dizer que o truque é esse, né, velho corpo de guerra. Se não vai por bem, vai por mal. Te prepara que vai ter volta. Agora que estou recuperado, já ensaiei algumas canções e quero vê o que você vai me aprontar. Preciso testar o gogó novamente, vê se ele não está falhando. Chega de novalgina, dorflex, spray de própolis. Basta de chá de cogumelo, opa, chá de casca de laranja com limão e mel. Estou de volta. Juro que daqui pra frente vou te respeitar, mas pô, dos 364 dias do ano (você não falhou nenhuma vez), e vem querer me sacanear logo no último dia do ano, cara. Isso é sacanagem! Quase que começo esse ano novo meio depressivo, chateado. Então estamos quites: eu faço o que você me pedir, mas quando for dar uma esticada na madrugada, você segura a minha onda, beleza? Juntos até o fim. Que maravilha!
sábado, 7 de janeiro de 2012
Um placar antigo nesse sábado chuvoso
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
O bilhetinho azul com os seus garranchos
Um dia me passaram o número de um telefone celular que segundo me disseram era da polícia militar daqui de Brasília. Se por ventura eu tivesse algum problema e precisasse acionar o 190, ao invés de perder tempo, a melhor coisa a ser feira era ligar para o tal número. Nunca precisei ligar. Ainda bem. Mas fiquei curioso. E guardei anotado numa agenda. Depois resolvi gravar no meu próprio celular. E ficou lá vários meses, quietinho, sempre me atiçando a curiosidade. Será que é da polícia mesmo? Esqueci. Nem me lembrava mais até me encontrar com uns amigos numa mesa do boteco. Enquanto o papo transcorria na santa paz de Deus percebi que um amigo estava mal. Chateado e deprimido porque tinha acabado o namoro. Falava da mulher com os olhos mareados. Parecia até que ia chorar. O cara estava down. Sugeri que bebesse um whisky. Algo forte faz a gente ficar anestesiado. Tão lembrados daquela música dos Ramones – I wanna be sedated? Mas o meu amigo não quis o cão engafarrado e continuou na cevada. Numa mesa próxima havia quatro amigas tomando chopp. Cada uma mais bela que a outra. Três morenas, e uma loira. Todas animadinhas. Nós ficamos todos ali de bobeira. Se caísse na área era pênalti. Só que o meu brother ficou lá, quieto, sem nenhuma vontade pra nada, e olha que o cara sempre foi o primeiro a partir pra cima. Namoro mal acabado detona qualquer um. Dá pra entender. Resolvemos deixar o cara quieto. Pois chifre é um troço complicado.
Até que eu fui ao banheiro e tive uma ideia de primeira. Chamei o garçom, pedi uma caneta e um bloquinho de anotações. Fiz um bilhete mais ao menos assim: “Poxa, não sei nem como te dizer, mas é que eu te achei lindo. Sei lá, acho que tô atirada demais, mas não me leve a mal, se você quiser me conhecer, tô aqui na mesa ao lado”. Daí, assinei: Thaís, juntamente com o número do celular da polícia militar. Bom, numa tacada só iria animar o meu amigo e de quebra também descobrir se o tal número era dos “homi” mesmo. Nisso veio um amigo querendo saber o que eu estava armando com o garçom. Contei a ele, e ficamos os três rindo.
Até que eu fui ao banheiro e tive uma ideia de primeira. Chamei o garçom, pedi uma caneta e um bloquinho de anotações. Fiz um bilhete mais ao menos assim: “Poxa, não sei nem como te dizer, mas é que eu te achei lindo. Sei lá, acho que tô atirada demais, mas não me leve a mal, se você quiser me conhecer, tô aqui na mesa ao lado”. Daí, assinei: Thaís, juntamente com o número do celular da polícia militar. Bom, numa tacada só iria animar o meu amigo e de quebra também descobrir se o tal número era dos “homi” mesmo. Nisso veio um amigo querendo saber o que eu estava armando com o garçom. Contei a ele, e ficamos os três rindo.
Então voltei a mesa como se nada de estranho estivesse acontecendo e virei o meu copo tranquilamente. O garçom chegou com o bilhete, e entregou. Quando o meu amigo leu, porra, o cara deu um pulo de felicidade. Nunca vi uma autoestima subir de zero a 100 tão rápido. O chifre caiu da testa dele sem pestanejar. E logo começou a nos encher o saco dizendo que mal entrara no bar e a mulherada já estava em cima. Foi então que comecei a incentivá-lo a ligar para a “Thaís”. “Liga cara! Larga de ser otário! A mulher tá de quatro por você, bicho”. “Calma, calma, preciso tomar mais alguns goles, não posso chegar assim de cara, tô com o semblante legal? Dá uma olhada aqui.” “Tá! Porra... Se você ficar bobeando aí, algum sacana vai chegar primeiro e vai levar a gata, depois já era viu...” Mas ele não ligava nunca. E eu só ficava pensando: a ligação vai cair na polícia, a ligação vai cair na polícia, hahahaha”. De repente o papo acalmou. O garçom passou rindo lá na porta do bar. E as meninas continuavam mais animadas do que nunca. Comecei a indagar qual seria a Thaís entre as quatro da mesa. “Deve ser aquela morena de cabelo amarrado”. “Não! Deve ser a loira”. “Que isso! Deve ser aquela mais bunduda, ela é um tesão, ela deve ser a Thaís”. E eu continuava pensando: ah quando a ligação cair no batalhão de polícia vai ser bom demais, só quero ver.
Mas infelizmente, ele não ligou, porque, contaram a verdade, e aí não deu em nada. Então fica assim, se você receber um bilhetinho em alguma mesa de bar fique esperto porque eu descolei agora o número da penitenciária da Papuda. Se você quiser conhecer a deliciosa da Thaís, basta somente ter coragem, e digitar os números. Agora se não tiver. Não dê bobeira, a área tá cheia de gavião à espreita.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
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