quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Debaixo do meu nariz

Às vezes percebo quando determinada coisa me faz bem: uma música, um belo gole de whisky, o sorriso da minha mãe contente, as mesmas piadas dos velhos amigos, uma farra de madrugada. Fatos. Palavras. Encontros casuais. Quer dizer, eventos que fora de mim vão surgindo, mas que de alguma maneira mudam o rumo de como estou no momento. É bom quando encontro algo que estava perdido, e vejo que ele estava ali debaixo do meu nariz o tempo inteiro, e eu nem tinha percebido nada. 

Por.: Guilherme Ferreira
Três dias atrás achei um livro dentro de uma caixa quando pensava que estava em outra, caramba, não ia encontrar nunca. Aí por acaso lá está o danado de bobeira por ali, como foi parar lá? Abro uma página qualquer, e leio com um sorriso meio bobo na cara. Os poemas não prestam. São fraquinhos. Agora: os contos são bons. Nem todos estão bem escritos, mas gosto deles. Aprecio-os feito comida feita na hora. Tem umas gravuras também. Elas valem à pena. São o que há de melhor nele. Eu tava falando do que mesmo? Hum... Espera aí. Vou reler um pouco. Ah tá! Algo que acontece sem você perceber, e de repente, isso leva a gente pra outra situação. Hoje o excesso de estímulo, propaganda sonora, poluição visual é tão massacrante que quando você vê, já está caminhando conforme a música, e nem percebe. A sugestão vem sem pedir licença. Você já viu as propagandas de cartão de crédito? Uma tremenda arapuca de mau gosto. Mas nem sempre adianta ficar agoniado, né. Se chatear com bobeira. Esse mundo consumista do caralho consegue estragar sentimentos belos. Acho que por isso que aprecio a piada, a zoação, a compaixão, o silêncio, a raiva, a atenção, ou até mesmo o cinismo. Por que é uma maneira de você reprocessar o que está rolando ali na tua frente em contraponto com o que acontece no seu mundo particular: de você com você mesmo. Provavelmente o que acontece em público vai acontecer no privado. Quanto tô triste, eu gosto de estar triste. Não vou mudar. E isso acontece quando estou alegre também. Às vezes a experiência é uma bosta. Só que por incrível que pareça isso me deixa mais tranquilo. O mundo se acaba em alegria, e não é que a minha tristeza me faz bem. Olha só! Ou então, o mundo tá se acabando em tristeza. E a minha alegria me diz: fica na tua, o que tá lá fora não te diz respeito, agora, se você quiser se arriscar podendo até ficar mal, bom, pode ir, mas se vira depois, tá bom, e outra, não me encha o saco, o problema é seu.  Penso em contar até dez, e evito qualquer pose. Muito menos vou colocar uma placa luminosa na testa. Estou mal! Estou bem! Embora o sorriso faça isso às vezes. Sorrir ou chorar pode enganar quem adora se meter em descobrir o que acontece no íntimo do outro. 

Caralho! Que texto é esse?! Vamos lá, Rodrigo. Larga desse papo furado e não complica. Comecei a escrever de uma forma lá em cima, e agora tô aqui mudando o rumo da prosa. Bom, vou misturar logo tudo. Em janeiro volto a escrever aqui sem compromisso. Escrever o dia que eu bem entender, a hora que me der na telha. 2011 foi bacana aqui no blog. Quase como se eu desse uma mijadinha diária. E mudar o ritmo teve dos seus resultados. O texto bóia na minha cabeça. Parece que quero me livrar dele mais rápido (talvez pra não perder o fio da miada), só que depois ele vem numa boa, sem fazer alarde.

Escrevi dois textos que iria postar aqui, mas decidi que vão se tornar contos. Vou melhorar algumas passagens, e ver que bicho vai dar. Parece que a porteira da cervejada já está aberta. Nessa semana que passou quase dormi na mesa. Acorda aí cara, tá ficando torto. Voltei andando sozinho no intuito de melhorar da cevada. Me fez bem. Andar de madrugada nessa época do ano não tá pra brincadeira não, acho que os assaltantes querem o seu “agrado”, e a coisa só vai piorar. Tenho certeza que eles estão atrás do seu “décimo terceiro”. Eu que não quero ser o credor de ninguém. O preço da cerveja já está um assalto e tanto. Whisky então, nem se fala, e além do preço tem a procedência. É bem capaz de ser falso. Não me lembro o que escrevi lá no início do texto. É que ele fica boiando na minha cabeça. Até quero arrumá-lo. Se tiver difícil a leitura. Vai aos poucos. Você tem a semana inteira pra fazer isso. Tirei o pé do acelerador. 

Ah tá! Algo que acontece sem você perceber, e de repente, isso leva a gente pra outra situação. Tava pensando sobre isso, só que agora não penso em mais nada. Somente na morena que foi à padaria no jogo do mengo nesse último domingo com todo aquele seu rebolado. Penso que vou assistir a final do campeonato brasileiro por lá. O dono tem cara de ranzinza. O garçom é cheio de onda. O estacionamento lá na 2ª avenida não tem vaga. Pra descolar uma mesa é um problema. Mas a vizinha do bar compensa qualquer comentário fora de contexto. Qualquer briga besta. Ou até mesmo um atendimento sem graça em fim de tarde nublado.   

6 comentários:

Alan disse...

Fala seu praga!
Ontem não quis dar as caras pra tomar umas geladas com a gente seu fela... Ficou vendo novela das 8 é?? rsrs

Abraço

RF disse...

Tava me despedindo da Fátima Bernardes... Que nada! Tava compondo. Terminei uma música nova. Ficou do caralho! Se chama - Depois da Madrugada. Grande Abraço!

Alan disse...

Ah é, quero ouvir essa música praga.
Olha essa matéria:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/12/torcedor-do-flamengo-chamado-vasco-brinca-com-o-nome-horrivel.html

kkkkkk

RF disse...

Legal. Vasco é brabo, rsrssrs Falou....

Alan disse...

kkkkkkk, essa foi ótima:

http://globoesporte.globo.com/platb/meiodecampo/2011/12/05/enquanto-isso-no-rio-de-janeiro/

RF disse...

kkkkkkkkkkkkk Boa!!!!!