Os objetos dispostos à mesa. Quietos no seu canto. Como se passassem despercebidos. Mas há um recado no papel. Outra anotação qualquer. Um e-mail. O nome de uma banda com a música logo abaixo. O fone de ouvido que não funciona mais. Aquele bloco de notas com um monte de rabiscos. Uma pequena lista com material de construção. 10 vigotas. Porta retratos. O grampeador tão útil, e pronto para ser usado. Um disquete velho (o que tem arquivado?). Objetos que estão sempre por perto. A caneta que não tem mais tinta. O dicionário fechado. Objetos que despertam a vontade por listas. Quais são os melhores zagueiros dos últimos dois anos? Objetos que mudam a rotina. Que tal ligar o ventilador? O calor agora ainda está suportável. A janela aberta é bem melhor do que qualquer ar condicionado. Uma crônica sem intenção. O registro de uma caneta sem tinta. Palavras na tela do computador. É só ir juntando uma com a outra até chegar ao ponto final. E quando chegar lá. Será isso o que for dito, e basta: os objetos que quebram um galho. É hora de terminar. Então ponto final. Acabo de pegar uma caneta que funciona só para desenhar um barco numa folha que está de bobeira ao lado da caneta que não tem mais tinta.
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