segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Uma por Uma
Começou a escrever sem pontuação e num ritmo acelerado.
Escrevia cada palavra que vinha na cabeça. Uma por uma. Terminou o primeiro parágrafo
e leu. Estava uma porcaria. Apagou e recomeçou novamente. Depois perdeu o
ritmo. O texto parecia travado. Daí não conseguiu fazer muita coisa. Talvez
fosse somente um vício esse hábito de escrever. Ou um passatempo babaca. Começou
a preencher a folha em branco com todos os palavrões que conhecia. Quer dizer:
quis descobrir quantas palavras de baixo calão tinha no seu vocabulário. Mas
que arsenal! Artilharia da pesada. Se usasse todas ao mesmo tempo poderia inaugurar um novo idioma.
Teve um momento que novos palavrões começaram a surgir também. Essa
foi a melhor parte, e a mais difícil. Por que poderiam não entender. Voltou a
escrever os clássicos. Os velhos palavrões de sempre. E quando bateu o tédio
finalizou com a frase máxima do relacionamento conturbado, aquela frase que
quando dita em voz alta ameniza qualquer arranca-rabo sem solução: vai se fuder,
porra!
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