Tenho vários textos guardados aqui no arquivo do computador. Textos dos autores que aprecio e tenho respeito, livros, discos. Penso neles de vez em quando. Fico pensando nas músicas que escutei quando era moleque. Músicas que ainda fazem parte da minha vida. Quadros. Poemas. Cartas das mulheres que já fiquei. E de vez em quando me ponho a reler algumas delas, ou parte de algum livro na estante, ou, simplesmente, escuto uma música que já não ouvia há muito tempo. Releio crônicas que ainda me fazem companhia por esses últimos anos. Outro dia quis reler um livro, mas ele não me atraiu tanto, tentei descobri o porquê, o que havia de errado, mas não encontrei resposta alguma, então preferi fechá-lo, e seguir adiante, quem sabe outro dia? Somente o do Chefão que está indo de vento em polpa. No meio das folhas encontro um bilhete. Era de uma menina que eu gostava, e que certa vez me deu uma pequena carta, aí num ato besta rasguei tudo e joguei fora num bueiro da rua. Só tenho uma vaga lembrança do que havia escrito ali, não tenho muita certeza. Ler algo se parece com abrir uma porta. Você tem saber fechá-la. Tem que saber a hora de ir embora. Li uma crônica que me fez lembrar do dia do enterro do meu pai. Da minha amiga me pedindo pra chorar. Pra desabafar e não guardar nada. Dos meus amigos conversando comigo. Principalmente de quando fui empurrando o caixão. Me lembro do rosto do velho ali naquele momento. Caramba! Que difícil! Isso já me deixou triste um bocado, e ainda me dá uns petelecos nos sentimentos. Reli a crônica e pressenti que já tenho a chave da porta. E que se eu quiser, posso abri-la, entrar, e sair. Existem textos que despertam sensações que não consigo explicar muito bem. Textos que funcionam como um murrão na cara. Mas que depois de lidos, poxa, me faz um bem danado.
Um comentário:
http://www.youtube.com/watch?v=PDJRCO5kTuM&feature=related
Mais nada a declarar !
Rock in Rollllllllllllllllllll
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