E calculou o que deveria fazer. Na rua
mudou o rumo. Antes quis voltar, mas foi em frente. E esqueceu. Na hora de
pagar a conta acabou a energia. Em poucos minutos voltou. Um rosto mal encarado
passou do seu lado esquerdo a cinco, ou três minutos atrás. Mas agora é a moça
do caixa que tem um sorriso calmo pelo agradecimento da compra. O solo de piano
vem novamente com a sua base lenta dizendo que ainda está por perto. A música é
uma velha conhecida. Insistentemente vai do início até o refrão. Depois volta e
começa de novo. E de cada passo ao que é apresentado, a combinação talvez
estivesse em boa companhia. A movimentação ao redor ainda é calma. Tem somente a
voz de algumas pessoas. Mas o piano quer ficar mais. Como se assoprasse ao pé
do ouvido algo não muito importante. Talvez alguma coisa que não fosse pra ser encarada com
tanta veemência. E a música ficou assim durante um tempo.
Parecia um disco furado. Não dava para cantá-la até o fim porque era difícil.
Não tinha decorado. E quando ela já não estava tão bem acomodada foi embora pra que se pudesse continuar o dia.
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