sexta-feira, 30 de março de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

A Borboleta no Asfalto


Encostou na pilastra de um prédio comercial por volta do meio dia. Passou a mão no cabelo e ajeitou os óculos sem muita pressa. Parecia sonolento. Cansado. Há muito que não tocava num cigarrinho. Esperar, sempre faz a gente cutucar alguns sentimentos. Desencostou da pilastra até chegar no ponto de ônibus. Um senhor de aparência humilde folheava uma revista sentado com a perna cruzada.
- Aquela borboleta tava nesse teto bem aqui. Agora caiu ali na pista. Tá vendo? Deve ser por causa do calor.
- Ah! Legal.
Em seguida o senhor emendou outra estória que ele sabia que era verdade. O que mais tem nesse mundo é notícia ruim. Por coincidência a borboleta era preta. Um destino sem volta. A borboleta aparecia agoniada. Num momento ficou quieta. O senhor levantou-se rapidamente e correu até a calçada, esticou o braço, deu sinal e em seguida entrou no ônibus sem olhar pra trás. Depois que ele foi embora a borboleta continuou quieta próximo do meio fio. Passava carro, ônibus, moto e ela nem aí. Outro ônibus parou com a roda à 1o cm de distância da sua asa. Essa foi por pouco.

Ao verificar uma mensagem no celular soprou um vento forte vindo da direita. A borboleta preta aproveitou o embalo e começou a voar. Ganhou altura. Foi conforme o vento. E ela voou tão alto que sumiu no ar. Desapareceu. O senhor nunca vai saber que ela conseguiu se livrar do asfalto quente. De vez em quando o desfecho não acaba tão mal assim. Voltou pensando no pouso depois daquela altura toda. Achava que as borboletas voavam baixo. Ou até mesmo que já estavam extintas. Mas pelo que parece ainda existe algumas por aí.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O ovo frito de hoje anula o galeto de amanhã*

Poeminha Última Vontade
 
Enterrem meu corpo em qualquer lugar.
Que não seja, porém, um cemitério.
De preferência, mata;
Na Gávea, na Tijuca, em Jacarepaguá.
Na tumba, em letras fundas,
Que o tempo não destrua,
Meu nome gravado claramente.
De modo que, um dia,
Um casal desgarrado
Em busca de sossego
Ou de saciedade solitária,
Me descubra entre folhas,
Detritos vegetais,
Cheiros de bichos mortos
(Como eu).
E, como uma longa árvore desgalhada
Levantou um pouco a laje do meu túmulo
Com a raiz poderosa,
Haja a vaga impressão
De que não estou na morada.

Não sairei, prometo.
Estarei fenecendo normalmente
Em meu canteiro final.
E o casal repetirá meu nome,
Sem saber quem eu fui,
E se irá embora,
Preso à angústia infinita
Do ser e do não ser.
Sol e chuva ocasionais,
Estes sim, imortais.
Até que um dia, de mim caia a semente
De onde há de brotar a flor
Que eu peço que se chame
Papáverum Millôr
(Millôr Fernandes)

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*(o título desse post é uma frase dele também)

terça-feira, 27 de março de 2012

Eu sei que a tarde vai chover

"Pois se é no "não" que se descobre de verdade
O que te sobra além das coisas casuais
Me diz se assim está em paz?
Achando que sofrer é amar demais"
(Camelo)

segunda-feira, 26 de março de 2012

Urbana Legio Omnia Vincit?

Renato Rocha, o Negrete (primeiro da direita)
Num post abaixo comentei sobre o Ira, e por esses dias tenho escutado bastante o som do grupo. Bisbilhotando no you tube encontrei um vídeo antigo da banda no programa do Faustão na Rede Bandeirantes - Perdidos na Noite. E de tanto vasculhar acabei encontrado outros artistas como Titãs, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, e outros. Inclusive tem um vídeo da Legião Urbana com a formação original. O som está uma porcaria. Você não escuta o som da guitarra. Mas o Renato Russo com aquela sua dança esquisita consegue contornar a situação, e dá um show a parte. A filmagem vale pelo registro histórico.
Nesse último sábado assisti alguns desses vídeos. E ontem no jornal da Record teve uma matéria sobre o Renato Rocha, o baixista dessa fase da Legião. Mesmo com todo o sucesso, toda aquela idolatria que envolve a banda, o cara tá passando por uma fase braba. Virou morador de rua, e vive pelas calçadas do centro do Rio de Janeiro. Uma história triste do caralho. Nem ele sabe como caiu numa roubada dessas. Já está há 5 anos nas ruas. Meu irmão até recordou de um show no Gilberto Salomão para homenagear a Legião Urbana. Ele estava nesse evento. Aliás, estava alegre, e animado. Mandou todos os clássicos da banda. A vida tem dessas coisas, né. Tomará que o cara consiga se erguer. Mais um grande músico no ostracismo. O Negrete não é o primeiro, e nem vai ser o último. Conheço vários músicos que estão numa situação parecida. Ainda mais nesse mundo tão cover. É difícil viver de arte nesse mercado atual.  Tomará que o cara volte a fazer o que ele sabe fazer de melhor que é tocar aquele contra-baixo grave.

Matéria: aqui

sábado, 24 de março de 2012

O que esta na melodia

"De tanto eu te falar
Você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão pra se perder
No abismo que é pensar e sentir"
(Amarante)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Uma pedra no caminho

Estava voltando para casa caminhando bem devagar.  Teve um momento que escutei uns passos. Alguém se aproximava rapidamente. Inclinei a cabeça e vi um senhor correndo na minha reta. Ele corria de forma engraçada. Decerto estava na sua malhação diária. Resolvi mudar de lugar. Não queria atrapalhar o coroa.
Quando ele chegou mais perto notei um pequeno sorriso no seu rosto. O bigodinho estava radiante. Ao passar do meu lado ele disse num tom irônico.

- Vou te ultrapassar.

O velho passou por mim naquela mesma passada leve, e safada. Parecia contente da vida. Não resisti e decidi fazer um comentário na sequência.

- Cuidado pra não bater aí na frente. O senhor está muito rápido.

Os meus passos permaneciam da mesma forma: devagar quase parando. Mais safado, impossível. Não! A passada do velhinho estava mais cínica. Ah! Foda-se. Até os velhos estão nessa onda de malhação. Ainda mais correndo. Mas o coroa parecia gente boa. Fiquei imaginando ele escutando Fuck Forever do Peter Doherty numa quebrada cheio do goró na cabeça. Absurdo! Já lá na frente ele desistiu de correr, e começou a andar. Diminui o passo para não ter que alcançá-lo. Não estava para muito papo.
Aí de repente ouço alguém se aproximando novamente. Olhei em linha reta, e me concentrei na calçada. Na verdade queria chegar logo em casa. 

- Eu te falei seu viado. Seu filho da puta! Tá achando, o quê? Porra!

Depois de um esporro desses, não tive como não olhar para trás novamente. Afinal de contas poderia estar correndo risco de vida. Foi então que encontrei uma briga doméstica. Um camarada todo invocado estava xingando o seu próprio cachorro. Puxava o infeliz com uma força danada, como se ele estivesse entendendo toda aquela saraivada de palavrões e insultos. Os dois passaram por mim, e a praga do cachorro quis pular pro meu lado. O pobre me olhou como se quisesse pedir socorro. Mas fiz questão de diminuir o passo. Se me lembro bem, todo cachorro quando é provocado, ele  avança e morde. Só que esse foi levando pancada até chegar numa quadra adiante.

Quase próximo de casa ninguém apareceu mais pelo meu caminho. Deu até para acelerar as passadas. Já caminhava tranquilo. Desenvolto. E é verdade. De vez em quando a gente tem que olhar pra trás. Sabe por quê? Pra diminuir um pouquinho o passo.

terça-feira, 20 de março de 2012

O Ira precisa voltar

Acordei no meio da madrugada e logo perdi o sono. Ainda conseguia me lembrar do sonho. Do que se tratava, só que depois esqueci completamente. Fiquei sem ter o que fazer. Tudo escuro. Quieto. Um silêncio inquietante. Do nada comecei a cantar as músicas do Ira. Aí surgiu: “Longe de tudo / Longe de você...” Em seguida vieram algumas cenas do filme brasileiro – Areias Escaldantes. Essa música faz parte da trilha sonora. Vale a pena conferir. A madrugada seguiu implacável, e a porcaria do sono sumiu de vez. E quanto mais cantava; mais acordado eu ficava. Maldito Ira! Preciso dormir. Isso não é hora de cantarolar rock. Tá parecendo coceira. Uma música puxava a outra. Essa banda tá fazendo falta no cenário do rock nacional. É uma pena que os caras tenham se desentendido. Ia ser bacana se eles retornassem.  No primeiro show que fui da banda passei ao lado das caixas de som bem na hora em que eles pisaram no palco. Porra Edgar! Quase fiquei surdo com o riff da sua guitarra. Tive que tapar os ouvidos. Dias de Luta deu as cartas. Em outro show quase me lasco. Antes fui primeiro numa festa de uma amiga e fiquei até 1 da manhã enchendo a cara de whisky. Quando cheguei ao ginásio, eles estavam prestes a entrar em cena, aí fui ao bar comprar uma cerveja. E em poucos minutos começou o som. Sem pensar me embrenhei no meio da galera. Depois de algum tempo algo me disse assim, “olha pro chão”. Quando abaixei a cabeça avistei uma identidade com a foto virada para baixo. Pô! Alguém perdeu o documento. Vou deixar lá na portaria. Catei do chão e tive a curiosidade de saber quem era a pessoa. Ao ler o primeiro nome estava lá – Rodrigo, pensei: pô, o cara é o meu xará, vou deixar na portaria, ou em alguma agência dos correios, foi então que tive a surpresa. Ao ver a foto levei um susto. A identidade era minha. Depois que comecei pular não percebi que ela havia caído do meu bolso, depois encontrei a chave, umas moedas, dinheiro. Como o título da música, dei um grito na multidão, um grito de alívio, ter que tirar documento novamente é a maior dor de cabeça.
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Três Balas do Ira:

Música: 01 - Aqui
Música: 02 - Aqui
Música: 03 - Aqui            

quarta-feira, 14 de março de 2012

A Crônica do Jaguar

De vez em quando leio as crônicas do cartunista Jaguar no Jornal – O Dia, do Rio de Janeiro. O Jaguar foi um dos fundadores do Pasquim (semanário humorístico que ficou na ativa entre o final dos anos 60 e 1991). Cartunista da Revista Senhor, dentre outras, atualmente, está escrevendo nesse jornal carioca. E enquanto lia a página eletrônica descobri por acaso a sua coluna, e sempre que me lembro vou lá dar uma conferida. Teve uma época que ele morou aqui em Brasília. Se não me engano a mulher dele veio a trabalho, e aí aproveitou a deixa para conferir a boemia da cidade. Quer dizer, dar uma circulada por aí.

Recordo que o Correio Brasiliense fez uma matéria por alguns bares num papo bem descontraído, e inclusive no Bar Brasília, logo na entrada tem um quadro com uma charge dele. Acho que todos os dias eles devem guardar a tela ao final do expediente por que se ficar do lado de fora, eu vou ser o primeiro a passar os cincos dedos nela. Com certeza não vão dar mole um desses, né. Mas não custa dar uma passada por lá. Tira isso da cabeça, rapaz. Vamos ao que interessa: as crônicas do jornal. Você vai encontrar muitas histórias interessantes, além de conhecer a sua opinião numa porrada de assuntos dos mais variados. 

Numa crônica chamada Antônio Carlos Jobim algo me intrigou, e até comentei com os meus amigos de boteco. Na verdade a crônica relata a falta que o Tom Jobim faz, e comenta que se não estivesse sido operado lá no Tio Sam ainda estaria aí comemorando os seus 85 anos numa boa. O que me chamou a atenção foi uma história dele na Churrascaria Plataforma. O Tom nos seus últimos dez anos de vida batia o ponto por lá quase todos os dias. Fazia a tal da boemia diurna. Começava na hora do almoço e ia até às 5 da tarde. Gostava de sentar-se numa mesa perto da porta com o seu cachorro. Antes passava em algum boteco, comprava uma quentinha, e depois ia encontrar os amigos pra mais um papo, e um chope gelado. Fico imaginando a cena: o dois dividindo um prato de dobradinha. Boemia diurna tem dessas coisas. A gente sempre belisca um tira-gosto. Faz parte. Quem não gosta são as esposas, as namoradas. Já vai beber essa hora?  Calma, meu bem. É só um chopinho. Tem um livro do Jaguar que se chama – Confesso que Bebi. Se não me engano é sobre o roteiro dos bares e botecos do Rio de Janeiro. Deve ter alguns lugares interessantes que só os caras sabem o endereço. Ainda não conferi. Vou dar uma pesquisada. O Bar Brasília que se cuide. 

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Página no Jornal - O Dia - aqui
Crônica do Tom - aqui
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Esse vídeo foi ao ar em 94, tenho gravado numa fita VHS. Acho o som do Milton Nascimento um tremendo saco, mas nessa participação com o Tom Jobim, ele mandou a pau. Além disso, dá uma curtida na voz boêmia e estragada do Tom, perfeita! O sorriso do baterista já diz tudo. Confira: Aqui

terça-feira, 13 de março de 2012

Pedal Insano

Num dia da semana passada quase no fim da tarde resolvi pegar a bicicleta para dar uma volta pela redondeza. Pensei num trajeto e fui. No início estava tranquilo. Mas logo tive que dividir o espaço com os carros, os ônibus, e as motocicletas. E quer saber? Nunca mais faço isso. É terrível! O trânsito está cada vez mais insano. Ao invés de você relaxar pode saber que se perder a atenção por um segundo, vai está enrascado até o último fio de cabelo. Desista! Não existe espaço para bicicleta. As calçadas estão esburacadas. E respeito é uma palavra que só enfeita o vocabulário. Mas ainda assim, mudei o percurso.  E consegui encontrar um trajeto mais calmo. Depois que cheguei à ciclovia melhorou bastante. Fiz algumas voltas sem nenhuma preocupação. Depois perdi a conta de quantas vezes rodei naquele percurso. Do outro lado da pista o trânsito continuava terrível. Mas loucura mesmo é se arriscar no meio da avenida. Nunca mais passo por ali. Esse trajeto novo tem algumas vantagens. Dá para apreciar o cerrado, e de quebra você topa com algumas beldades que passam com um shortinho de parar o trânsito. Será que quem está dirigindo consegue perceber? Consegue nada. Não dá tempo. Andar de bicicleta me faz bem. O lance é tentar manter o ritmo. Podem ficar com o trânsito pra vocês. Já sei por onde ir.     

sexta-feira, 9 de março de 2012

Sexta na galeria

Van Gogh
Como essa semana li dois textos em que os autores citaram esse grande pintor: Van Gogh. Ao lado vai um quadro dele. Já estava querendo postar aqui no blog. Então chegou a hora. Fico pensando se ele tivesse conhecido o cerrado. Com as suas árvores retorcidas, o seu clima seco. Com certeza iria sair coisa boa. Esse quadro me traz uma sensação agradável. Díficil de explicar. A panorâmica juntamente com a cor faz a gente sentir uma certa tranquilidade. Belo quadro! Depois quero escrever aqui no caneco sobre a história dele. Por enquanto chega de conversa. A tela desmonta qualquer ideia ligeira, ou as minhas próprias palavras. É só olhar e esquecer o pensamento. Toda vez que vejo esse quadro esqueço o pensamento. Então dedico essa tela aos leitores do caneco. Bom final de semana.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Todas as mulheres do mundo

Aproveitando o título aí do filme do Domingos de Oliveira - Todas as mulheres do mundo de 1966, desejo à vocês, todas as felicidades do mundo! Baixa, magra, alta, gorda, gostosa, feia, quebrada, rica, maluca, normal, chata, gente boa: desejo muita farra nesse dia de hoje. A parada é que sem vocês, nós não somos porcaria nenhuma. A gente enche a cara por causa de vocês. Arruma confusão. Saí por aí na noite. Tenta não vacilar, sabe porquê? Vocês são muito especiais, mesmo quando querem nos enlouquecer. Dá-lhe mulherada!  

sexta-feira, 2 de março de 2012

O ruído depois que o avião passa

Pela rua por onde voltava escutou um caso daquela redondeza. Dez caras querendo matar um. Só que trazia o sorriso alegre da garota do caixa, o seu olhar, o seu possível erro no troco. Quando acordou no início da tarde notou certo pedido sem qualquer reação. Vestiu a roupa devagar. Poderia ser um ator, mas a vida sem espetáculo falava mais alto. Os seus cantos poderiam estar em pé de guerra. Desistiu por uns instantes. Quando topa com pessoas é sempre assim: o que tem nas mãos funciona conforme o aperto do cumprimento. De tanto escutar a sua voz, transbordou no que diria pra si mesmo, um caso a mais e o que vale entre o dito e o não dito.


A luz do poste se ascendeu lá onde as crianças costumam soltar pipas. Parece um tempo novo. Algo dos escombros. Deve ser dessa forma. As pessoas simplesmente vivem. Aquele papo de portão. A mulher queria saber alguma coisa, ou, não sei, explicava sobre o que a planta fazia quando se tem pressão alta. Primeiro de longe achou que ela falava sozinha, só que tinha outra mulher mais ao fundo. Papo de conhecidas. O calor é sempre bem-vindo. Três moleques preparavam um cigarro de maconha perto do colégio. Havia o desenho de um homem orelhudo na parede à direita. Uma careta pra quem passa. Agora é noite, e pelo visto estava certo. Nesse dia de hoje o tempo foi o mais seco do ano. Lembrou os trejeitos de um gago. A palavra correta demorou a aparecer. Não é o amor que está voltando. É o teu ódio que está te deixando respirar.

Daí fosse construir diretrizes quando chegasse a hora devida. Talvez se redimisse dizendo o que aconteceu por bares que funcionam até tarde. Mas sabe que não funciona dessa maneira. Destruiu a câmera num chute forte. Isso! Agora estava com essa mesma reação. Passou o dedo no peito como uma navalha em busca de um rasgo. Precisava desenhar as feridas. Visualizou o poste com a luz acesa e o fim da tarde, e a cor azulada das nuvens. Por isso mesmo que estava vivo. Para abrir e fechar a porta. Descruzar os pés e andar. Fazer errado só para encarar. O calor é sempre bem-vindo. Poderia tocar violão de óculos escuros num lugar aberto. As mulheres estariam ao sol e você esqueceria as letras quando prestasse atenção no movimento até a água. Desdizer o que afirmam outros textos.

Agora é noite. O sorriso da menina do caixa era a sua última peça do quebra-cabeça. Será que aquela gangue conseguiu pegar o cara? Existem fatos que em determinados momentos ainda não se tornaram notícias de jornal. O que se passa numa cabeça à prêmio?

O desenho da parede

Basquiat