quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Sapo! Santo Dio

Tenho certeza que daqui uns dias muita gente vai colocar em prática o ensinamento do comandante da capitania dos portos lá na Itália.  De Falco ao saber que o capitão Schettino havia abandonado o transatlântico naufragado, ordenou que ele voltasse e assumisse aquela situação complicada. Na verdade foi um grande sapo. E o porra do capitão mereceu com toda razão tomar essa bronca. Decerto ao passar a mão na bundinha da garota se distraiu e BUM! Já era amoré mio... Berlusconi! O que vou fazer? Agora anota aí mais um item pra se fazer um herói: primeiro é necessário aprender a pagar um sapo à altura, dar ordens com todo vigor, e depois publicá-lo em grande massa. Em seguida levar ao forno, e aguardar por algumas horas. Já imagino como vai ficar os gerentes de banco, técnicos de futebol, donos de pizzaria, donos de bares, pais e mães de família, professores, políticos, proctologistas. Vai ter sapo pra todo mundo. "Volta a estudar, seu merda!" "Cadê o recibo da conta!" O problema com essa nova modalidade de herói, ou esse novo status que a palavra ganhou agora, é que cada um vai agir da forma que bem entender. Imagina só: quantos sapos em vão, quantos sapos por nada, sapo pra virar herói, sapo pra ser reconhecido. Sapo por sapo por que precisamos tanto de um herói? Pra mim o comandante fez o mínimo que ele poderia ter feito, ora. A cagada já estava tão grande que isso não foi nada. Esse lance de herói é a maneira mais fácil que nós encontramos pra driblarmos o que não tem mais solução. É um escape rápido. Algo que nos conforte depois da tragédia consumada. Aí! Fica esperto! É bem capaz do seu chefe se tornar o novo herói da praça à custa de você. Faça o seu trabalho direito pra não dar essa bobeira. Agora volte pro trabalho, porra! Suba a Bordo! Cazzo!

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