quarta-feira, 2 de março de 2011

As Pedras de Stonehenge

O nome do lugar se chama Stonehenge. É um monumento da idade do bronze localizado no sul da Inglaterra. Uma espécie de santuário formado por enormes pedras em círculo. Ninguém sabe ao certo sobre a sua verdadeira função, mas pelo que parece o local era usado para rituais religiosos. Sempre gostei desse tipo de assunto. E nunca tinha ouvido falar desse lugar. Interessante pra caralho. Os cientistas foram estudar a acústica do lugar. Logo encontraram coisas interessantes. Mapearam cada timbre. E mais tarde jogaram num programa de computador. Os músicos da época tocavam basicamente instrumentos percussivos. Descobriram que o som ficava cada vez mais alto conforme você se afastasse do centro.

A estrutura do lugar foi montada de tal forma que a partir de um determinado volume, o estado de consciência fica alterado. Membros da equipe sentiram-se mal. (Será que conseguiram algum contato? Não revelaram). A acústica do lugar é impressionante. Acreditam que os rituais os mantinham em contato com o mundo dos mortos. Numa máquina de ressonância magnética os caras colocaram um figura por lá, e fizeram os testes. Quando colocavam os sons dos tambores num determinado modo, o cérebro funcionava de uma forma, mas quando pegavam esses mesmos tambores e passavam para a acústica de Stonehenge, o cérebro trabalhava de forma diferente. Precisava de mais energia. E com isso os caras acreditam que as pessoas ali entravam em outro estado de consciência. Analisaram até luz do lugar. Colocaram umas tochas e tal. Me lembrei daquela matéria de física sobre o estudos das ondas. De como elas se propagam. O som exerce uma força sobre a gente que às vezes nem percebemos.

Nesse estudo fizeram também análises em raves, shows de rock, e mais em outros cantos. Engraçado, dias pra trás conversava no bar sobre algumas músicas com ritmos tribais como Paint in Black - Rolling Stones, The end - The doors, Heroin - Velvet Underground, e agora me veio esse documentário. Pena que não assisti desde começo. Essas canções também têm um fundo hipnótico interessante. O próprio Jim Morrison acreditava nessa desordem dos sentidos. Uns até o chamava de Xamã. E ele se intitulava como Mr. Mojo Risin. A imprensa sacaneava, mas o show business agradecia, né. As apresentações se tornavam verdadeiras farras homéricas. Um tempo atrás descobri um disco chamado - The Pipes of Pan at Joujouka. Esse disco foi produzido pelo Brian Jones (um dos fundadores dos Stones) com músicos do Marrocos. Essa temporada por lá acabou refletindo no som da banda (abaixo). E por influência do Brian que era outro cara que gostava desse som hipnótico, os Stones, batiam o ponto no Marrocos de tempo em tempo. Ali, na procura por uns produtos que dessem uma sacudida na consciência. Sempre soube que a música pode nos levar a qualquer estado de consciência num piscar de olhos. Num estado hipnótico o poder da sugestão exerce uma influência fortíssima sobre a pessoa. Mas é claro! Desde que essa pessoa acredite nisso. Taí! Stonehenge é grande estúdio ao ar livre. Porra! Que lugar...   
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The Pipes of Pan at Joujouka: Aqui

Aqui vai um trecho do filme Stoned, a dublagem é terrível, mas o fato realmente aconteceu. No livro do Keith, ele fala desse momento. Os Stones estão no Marrocos, e enquanto o Brian curte o som, eles se mandam, e deixam o cara sozinho por lá. Você vai ter que ler pra descobrir. Nesse dia só aconteceu merda. Mas o legal é que mostra os músicos marroquinos. O som regional. Decerto uma música muito antiga. Som pra entortar a cuca. Aqui

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