quarta-feira, 30 de março de 2011

El Bigode Sanguinário

Peguei uma caneta e fiz um bigode no homem do cartaz. Um bigodão bem sacana. Depois fui embora como se nada tivesse acontecido. Imediatamente o bedel veio no meu encalço. Já chegou latindo umas palavras raivosas.
- Que isso rapaz? Por que você rabiscou o cartaz?
- Quem?
- Ué! Você, ora!
- Não rabisquei nada, meu camarada.
- Tá brincando com a minha cara? Eu vi.
- Viu o quê?
- Você sabe que eu posso te prender, né.
- Sei, mas aí, você vai ter que comprovar que fui eu. Tem prova?
- Tá querendo confusão, né, cara.
- Aí brother. Tchau... Esse camarada do cartaz ficou bem melhor de bigode. Cê não acha?
- Rapaz! Ele é o reitor da faculdade.
- Por isso mesmo, pô. Mafioso tem que ter bigode, ora.
- Cai fora daqui moleque.
- Fala baixo comigo, porra.
- Rodrigo, vamos embora?
- Rodrigão deixa isso quieto, pô, tá maluco...
- Cara, você é louco.
- Pô! Só foi uma brincadeirinha. Será que ele não tem senso de humor, pô?
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Época boa da faculdade. A turma era bacana. Amanhã a minha amiga vai ter o segundo filho dela. Vai ser um menino. Ela já tem uma mocinha que é linda. Inteligente. Alegre. Uma família muito bonita. Ela é casada com um grande amigo também. Músico. E sempre que me metia numa enrascada; ela, ou alguém da galera tratava de me salvar. Mais tarde preciso ligar pra eles. Amigos do coração. Assim como uma galera aí que sempre me salva quando vacilo. 

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